O governo federal espera que 32 milhões de contribuintes façam a declaração em 2020.
No final do mês de março, o Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) sugeriu à Secretaria da Receita Federal que adiasse a entrega da declaração do Imposto de Renda, cujo prazo inicial era 30 de abril. Na solicitação, a entidade estipulou como data final 30 de maio, por entender que o momento atual, que requer isolamento social para evitar a propagação do novo coronavírus no Brasil, torna inviável o levantamento da documentação utilizada para a declaração do IR.
Para o vice-presidente do Sindifisco Nacional em Goiânia, auditor-fiscal Paulo Roberto Ferreira, a prorrogação do prazo de entrega para 30 de junho foi uma medida acertada da Receita em conjunto com o governo federal. “Essa medida vem em uma hora em que vários contribuintes, inclusive os que fazem parte do grupo de risco, não podem sair de suas casas para levantar a documentação necessária. Com o isolamento social, isso fica praticamente impossível”, destaca.
Após a divulgação de adiamento da entrega da declaração do Imposto de Renda, a Receita Federal também informou que o calendário de pagamento das restituições erá mantido. Desta forma, o primeiro lote de restituição está previsto para 29 de maio. O segundo para 30 de junho; o terceiro, 31 de julho; o quarto em 31 de agosto; e o quinto, em 30 de setembro. Conforme balanço divulgado pela Receita, até 30 de março foram recebidas 8,1 milhões de declarações, que significa cerca de 25% do total. O governo federal espera que 32 milhões de contribuintes façam a declaração em 2020.